sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Por dentro aqui

O coração de tão frio vai quebrar, despedaçar no peito em cacos pequenos, se tornando arteira as chances de reconstrução. Estou como uma árvore no inverno cortante: troncos secos e casca áspera. Não há vida, nem suspiros disso.
Da janela eu ainda posso sentir o que seria viver, os passáros formam um coro, uma melodia solene que me faz inspirar cheiro de campo, da uútopia que para mim seria viver, cheiro do qual sentimento puro se arrefece em minha alma, como o desejo de sorrir.
Desmontou, mudou, rearranjou. Mas estou intacta, inata em um momento que não é meu. A linha da vida é longa contudo fina, e talvez seja tarde para recolocar o trem nos trilhos. Em algum lugar, dentro de mim, eu sei ainda há uma sencibilidade para sentimentos neste deserto árido de meias palavras.

domingo, 5 de dezembro de 2010



Me perdi dentro do que vs é, sem virgulas que pausassem nem verbos fracos, foi intenso. O amor me segue nos beijos que sonho, o mundo nao muda quando meus olhos se fecham, eu sinto e parece imprevisivel.Pra mim pouco não é o suficiente, não há nada que sesse essa loucura insubustituivel. Talvez eu aprenda a suprir essa vontade louca de te-lo, mas agora me entrego a esse verso. Palavras minhas, sentidos seus. Eu quero resnacer mulher em seus braços, com portas fechadas e nada mais que só nos dois. Já arrumei minhas estrelas abandonadas sobre uma agenda. Serei tempo e silencio, verdade e desejo. Desejos guardados em minha memoria. Que o mar me confie o prazer de pertencer apenas a sua vida, a vida que vivo e que amo enquanto a razão adormece.E inevitavel como essa tarde me tortura, eu necessito de você aqui, dos seus braços envolvendo-me completamente .. Eu queria amar você. Ver meu ar ir embora diante da sua presença, meu coraçao pular com seu beijos, com suas mãos dançando em meu corpo. Eu queria te ter em meu corpo .. Resgatar o tempo que a distancia tanto nos tortura, resgastar tudo que perdemos .. e ao menos dizer olhando em seus olhos que você é tudo que mais desejo agora!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Ultimamente minhas palavras andam sem sentido, já disse tanto que a chuva não quisera passar, e então teria que aprender a dançar na chuva. Pois é, se molhar também faz bem, é preciso que a água lave nosso chão, mesmo que não leve embora o que te dói. Hoje, acordei com o sol no rosto, e ali fora o vento diz trazer novos tempos. Está ventando forte e é tão bom, dessa vez vou libertar essa angustia, e deixar esse vento levar pra longe. Provavelmente amanhã ficarei longe daqui, e tentarei sozinha colocar minha mente no lugar que deveria estar, renovar, acalmar. Espero que eu esteja certa, que esses dias dos ultimos meses não voltem a me assombrar nas noites mais frias. Eu costumava gostar de noites frias. Logo que o sol começar a penetrar entre meus poros, é ali onde algumas coisas começarão a mudar aqui. Ou não.


Aquele simples diálogo entre Dan e Rachel em One tree hill te fará pensar também:
Rachel: As pessoas são preguiçosas.
Dan: Não! As pessoas tem medo.




é, as pessoas tem medo

domingo, 7 de novembro de 2010

Na charada do tempo.


Então vou ser diferente, não vou mais jurar pra mim mesma não mais acreditar em palavras de juras eternas. Dizer que a chuva só cai em mim, ou dizer que tudo foi em vão. O oposto. Quero novas juras para acreditar que tudo é SIM possivel, que o incerto acabará quando o certo tratar de voltar. Vou me deixar levar mais uma vez. Não vou sonhar ou planejar, eu vou FAZER acontecer. Vou te dizer que o AMOR verdadeiro existe, mesmo que para mim isso já não seja tão certo. Vou parar de escolher se é o melhor ou pior. Vou deixar que os sentimentos respondam. Vou cair mais uma vez, sei disso, não preciso me enganar. E se eu não conseguir levantar, ai sim vou descobrir quem realmente está comigo nessa louca vida. Vou ter meus falsos sorrisos de volta, tentando transporta-los para outro lugar, porque até lá meu SORRISO verdadeiro há de estar. Eu sei, eu não sei. Vejo como tudo muda, como tudo permanece intacto. Admito que estou cansada desse mundo. E estou tentando mudar, mas estou aprendendo que tem coisas que nunca mudam, e eu saberei lidar com elas, algum dia talvez. Nunca encontrei a tal fórmula da felicidade eterna. Claro ela não existe. Pois somos feitos de momentos, hoje chorando, amanhã sorrindo. Devo ter me perdido na charada do tempo. Se por acaso alguém ai me achar, me devolva?

Voe comigo?


 "Estou percebendo o quão difícil é escrever sobre ti. Não tens ideia nem que eu escrevo, então não imaginas tamanha dificuldade que é colocar em palavras tudo isso. Pelo contrário de antes, não és tão difícil de decifrar, então não consigo achar a resposta de ser tão complicado assim. Não que seja defeito, não. É interessante. É diferente. Pois sempre esteve aqui, e assim como um imã nos unimos.- O quanto irá durar?- Não. Não me responda. Obrigado.
Pouco importa o destino... É só acreditar.   Voe comigo? Vou te mostrar o meu mundo. Conheço o seu mundo, o nosso mundo ali fora. Mas não, não é esse. Poucos tem a coragem de sonhar que mundo será melhor. Podem me dizer que é uma mentira do meu mundo particular, edaí? Parece ser uma aventura de risco, e estou afim de correr todos eles. Apaixonada por desafios, admirada por loucuras.
É um sonho que eu criei... !"

O riso em meio as lagrimas

Essa chuva de verão depois desses dias de sol quente me faz tão bem. Sol demais me cansa, chuva demais me cansa. Preciso de todas essas intercalações em meio ao meu tempo. Até queria tentar te dizer que éis diferente, ao mesmo tempo que eu gosto. Mas pode ser cedo, não quero nada rápido demais, não quero que nada de errado desta vez. Deixar tudo em seu tempo, que consiga mostrar o lado certo da verdade. Eu gosto de deixar minhas palavras fluírem contigo, de meus pensamentos serem compartilhado e concluídos por você. Somos tão jovens que ainda não sei como vai ser, ou o que é o certo. Saiba que o certo e errado já não existe mais aqui. Simplesmente cansei de opiniões vazias e sem sentido, eu te disse. E você prometeu me entender, estou torcendo com um resultado positivo disto tudo. Ilusão já não é mais melancolia, é vida. Eu sei que se tudo tomar um rumo que não estou planejando vou desejar sumir mais uma vez, sumir e não voltar muito cedo. Essa fuga que tanto já desejei e que nunca foi cumprida. E isso me fez crescer e aprender a enfrentar todos meus medos.Hoje desejo o simples. Aquele filme em um dia como hoje, em rir a dois dentro do meu quarto. Desejo sair a noite nesta cidade calada compartilhando palavras, e beijos. Desejo sim, hoje desejo rindo.
Só hoje...Hoje sou como o arco-íris de asas negras, sou o preto misturado as cores vivas. O riso em meio as lágrimas.
Desta vez não é sobre recomeços, deveria ser algo mais parecido com continuação. Sobre não ter mais um final. Não é pra ser mais um final. A estação é nova.
"Não brinque com o passado, quando o que está em jogo é o futuro. O presente vai virar passado um dia, e você vai sentir falta dele. "

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mais uma pra coleção

Quando recordo-me das risadas que conquistamos e das conversas que tivemos, juro que é difícil de acreditar que tudo mudou. Aquilo que seria eterno se transformou em cinzas e boas lembranças. Amizade que acreditamos no para sempre. Aqueles dias em que as lágrimas se misturavam com as gotas de chuva, e aqueles dias em que o sol raiava em nossos sorrisos. E agora, nada disso mais é nosso. Os nossos planos para esse fim de ano foram jogados no oceano sujo. O que era nosso se foi. Sem precisar mentir, eu digo que sinto falta, sim. Mas a realidade é outra, não consigo mais ver com os mesmos olhos de antes, diante dos fatos que nos cercam. Diante da frieza e do gelo que tornou nosso laço. Congelou, essa é a verdade. E congelou pela traição das flores, pelos desencontros do destino, por palavras que não foram ditas. Por contradição do começo a seu fim. Onde foram parar tudo em que um dia acreditamos? E todos pactos e segredos em que fizemos? E tudo pelo que juntas encontramos no caminho? Onde foram parar todas respostas das minhas ingenuas perguntas. (?) Agora que temos tanto a dizer, agora que encontramos a entrada de nossos caminhos. E assim, fica em aberto. Aqui fica, congelada as perguntas sem respostas, e em mim fica as boas lembranças em que não consigo esquecer, nem quero esquecer. Mas aquela nossa amizade se foi, apenas não sei se era forte o bastante para superar isso tudo. Mas eu sinto falta.

Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida,
o que também foi uma pena, mas necessário.
Viver pra sempre tão boba e perdida teria sido fatal.
A felicidade, assim como a bebedeira, vai e vem. A felicidade, assim como o sexo, entra e sai. A felicidade, assim como ele, era impossível. Mas não é pra tentar ser feliz que a gente vive?

Outra frequência

Eu não sei fazer isso, eu não sei ser assim. Cadê a mágica do mundo? As vezes você precisa gritar tão, mas tão alto que você cala, sufoca. Como não se importar?
Aqueles dias de volta, está tudo tão desfocado que me perco entre o novo e o que foi, entre as verdades e mentiras. As risadas em conjunto simplesmente fluem, e isso me liberta. Mas depois, depois olho pro alto e isso me assusta. Estou perdendo, e não sei perder assim. Vivemos em outras frequências, vamos para outro lugar? Encontrem-se comigo no espaço.
Se o tempo não está bom lá fora, meu amor, se está tudo escuro, assustador e chuvoso... não se importe! Façamos o sol aqui dentro. Dê-me um abraço, deixe que eu te beije a boca, verás que bem depressa volta o calor e estaremos bem aquecidos de novo. Mas caso esteja trash demais lá fora - tempestade, ventania, trovões e terremotos - mesmo que o mundo esteja se ruindo, não dê bola, estou aqui pra você. Só façamos assim: nos abracemos. Encostarei meu rosto em teu peito e fecharemos os olhos; esperaremos pacientemente toda turbulência passar. Juntinhos, coladinhos.. como gostamos de fazer.

E se amanhã não for nada disso ...

Minha força desbasta, meus dedos estão cansados de dedilhar linhas perdidas de um sonho distante, que tão pouco se fará real. O mundo explode em meu interior e as estrelas lentamente caem, assim como os sonhos. Aos poucos a esperança toca o chão, como que sem forças não pudessem levantar e as lembranças tão presentes em meu coração, chamejam de saudade. A madrugada é como o fogo, é como um fogo que queima na alma repleta de amor.E se fosse para desejar, eu desejaria apenas tê-lo mais uma noite, apenas mais um dia e sentir a vida pulsar dentro de mim, eu desejaria abraçá-lo loucamente outra vez, com meus braços pequenos, desajeitadamente. Eu olharia aqueles olhos profundos como o oceano, e faria um pedido dentro de mim: Não vá embora, por favor não me deixe aqui sozinha, eu tenho medo.
Fecho minhas mãos neste momento, como que agarradas as tuas, penso que assim não as perderia de mim novamente, e nesta hora o amor de alguém poderia ser forte, e eu cansada, desejaria também que fosse o teu, se apenas isso habitasse tua alma, pois eu precisaria de um abrigo, eu estou farta, já perdi o vigor de quem queria vencer, ao menos lutar suporto mais, não por escolha, por estar absolutamente fraca.
Se ao menos deixasse que o teu amor fosse a força, porque do meu, eu só encontro fragmentos pequenos que só se completam de ti, e estes não se alimentam de nada mais que memórias, fracas e distantes.
Não sou forte o bastante para suportar o temporal, onde o desígnio das ondas é me afogar, tudo está por um fio, e minha alma não descansa em porto algum...
Ah se eu pudesse fazer um pedido, fecharia meus olhos com força e pediria que estivesses comigo, sentir o gosto de teus beijos, a textura de tua pele branquinha, como duas velas derretendo ao sol, e o cheiro que exala de cada parte de teu corpo para mim. Ah eu me lembro do gosto de amor, do sabor que tens em minha boca, e sim, é o que desejaria sentir neste instante.
A nostalgia tem me perturbado os últimos dois dias, e se isso for um desabafo, não se importe, talvez eu não caiba mais nestas palavras. Em todo esse tempo nunca me senti assim, eu estou loucamente anestesiada de saudade, e talvez eu não suporte, não sem que esteja comigo.

domingo, 3 de outubro de 2010


Em meio a solos de guitarras e um dia de chuva perfeito para escrever um poema de amor a unica coisa que me vinha a cabeça era voce e me invadiu uma vontade que eu desconhecia de te ter . Por que toda essa ansiedade? Um cheiro estranhamente bom me veio e sem perceber eu ja estava flutuando em um sonho que me fazia sorrir, sem querer de repente as guitarras se agitam como estivessem fugindo de algo e os ventos do dia de chuva aceleram deixando meus cabelos desajeitados e de alguma forma bonita. Vou ate o topo de uma montanha e procurei enxerga-lo e quando o vi, correndo lá em baixo com uma flor branca nas mãos , esavas tão perfeito. Não consegui chamar seu nome e somente o que saiu de minha boca foram palavras sinceras , um euteamo tão convicente que ate eu me assustei e não consigo mais continuar .. Pois os solos de guitarra invadem com força minha cabeça que chega a doer. neste exato momento.

domingo, 19 de setembro de 2010

"Meu amor, bom dia. É hora de acordar. Eu não pude te ligar hoje, você estava ocupada. Por isso deixei essa carta. Sabe, eu não vou estar ai por um bom tempo, as pessoas sabem quando a sua hora chega. E eu aceitei a minha com a mesma felicidade que eu tinha quando te vi na frente da sua escola. A minha hora chegou quando seu fim estava próximo.Eu te prometi que te protegeria de tudo e qualquer coisa que acontecesse, e mesmo sem chamar, eu estive lá. Desta vez não me chamou, quis resolver sozinha, eu não podia deixar. Eu resolvi dar um fim então. Eu estava ficando cansado, o trabalho pesava demais. Mas porque agora? Eu não sei. Mas não teria sentido eu viver em um mundo que você não existe. Então eu decidi ir antes e ajeitar as coisas. Pra daqui a alguns anos nós conversarmos aqui na minha nova casa. Agora eu tenho que ir, meu amor. Esse coração no teu peito, esse coração que bate no teu peito. É o mesmo coração que está inundado do amor que você disse não ser o suficiente. É o mesmo coração que lhe dava amor todo dia. Por favor, cuide bem dele. Agora eu preciso ir, preciso descansar um pouco. Eu vou estar sempre contigo. Eu te amo !
PS: Não sei se vou conseguir te acordar amanhã. Você me perdoa por isso?"

-

Eu podia ouvir vozes e ruidos de pessoas nao tao claramente mais anciosas que eu acordasse, algo estava novo em mim e talvez eu ja soubesse o que fosse. Eu ainda posso sentir seu perfume nessa cama dura e sem vida,mas foram nelas que ficamos juntos esses ultimos dias. Porque você fez isso? Não sabe que eu precisava de você aqui comigo? Sua voz não sai da minha mente. Lembra quando não me importei com os aparelhos e levantei daqui? Se não fosse por você talvez eu não estaria mais respirando. Onde você está? Está bom ai? Estao te tratando bem? Mande-me um sinal ou arranque-me desse sonho ruim. Você mentiu pra mim , disse que ia ficar comigo, que nao me deixar ir embora, mas não deveria ter feito o que fez , não por mim! O que eu vou fazer sem você aqui? Não dá, eu não consigo ver que as pessoas estão felizes, mais e você? Será que ninguem percebe a minha dor. Uma carta não é o suficiente para se despedir . Eu quero abrir os olhos e ver que ainda estás aqui.


Eu vou sentir saudades ! Tempo? era isso que nos impediam?

p.s: peço desculpa a todos os leitores , mais eu precisava desabafar. Espero que me entendam.

sábado, 11 de setembro de 2010



É.. talvez seja você mesmo que eu queira por toda vida, por tantas estradas e caminhos diferentes que ja passei,mesmo longe você influenciou em todos eles, milhoes de palavras que apenas se resumem em uma, talvez eu nao queira dizer-la agora . Eu queria ser uma borboleta para agora definitivamente voar ao seu encontro. Eu te quero nesse instante e não interessa se fronteiras me impeçam de te ver. Eu preciso do seu beijo mesmo sem nunca ter-los sentido, me ame por uma noite, isso é uma suplica, ou sente comigo e tome um café, para que eu possa te olhar apenas uma vez !
... eu so quero que isso tudo pare de ser virtual ,pois eu amo você!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

As pessoas


Complicado e difícil de escrever ultimamente, ter cuidado com cada palavra escrita, com cada ponto colocado. Há uma razão, que não à tenho mais. Há um desequilíbrio imenso em tudo que um dia já citei, e acreditei, e sonhei. Algumas coisas estão fora do controle que eu costumava ter. Mas eu sei que chegou a hora do desapego, de passos mais longos. E esse medo que insiste em me atrapalhar vou sufocar junto com algumas palavras idiotas que perturbam minhas ideias. Um dia decidi sorrir para todos, foi nesse dia que cavei meu próprio buraco, e sem saber me deixei cair, e sem perceber eu parei lá no fundo. Sorrisos só valem a pena quando sinceros. Eu vejo que eles estão escassos nesses últimos dias, só aparecem de vez em quando para quebrar o clima tenso da rotina. Pessoas precisam mudar e se encontrar de vários modos. Pessoas precisam ser sinceras consigo mesmas, pessoas precisam descobrir o que lhe fazem bem, as pessoas precisam parar de sorrir quando o que querem é gritar e xingar. É amigos estamos aprendendo, e as vezes da é da pior maneira. Vocês sabem, as coisas só vão piorar, mas não vamos deixar, recicle-se, desapegue-se, seja sincero consigo, lute, tenha medos, enfrente-os, mostre, crie, chore, fale, se acha necessário então, MUDE.



Passar curtir feliz, mil coisas pra lembrar,
quantas palavras pra dizer o que eu sinto,
mas falta coragem pra me confessar
e admitir que sem você não sei viver
Não da pra viver assim (...)
9 de espadas - Não da pra viver assim

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Arremesso


Se remexe dentro e fora de mim. Em tão curto espaço e em tão pouco tempo ela se encaixa depois da ventania e vira morada pro meu espírito desencaixado. Sai por ai andando de mãos dadas com os meus rastros. Um passo na frente do outro, em seguida o próximo e assim, lá se vai mais um complemento de mim. E daqui de dentro, incorporo as tantas que fui e as tantas que sou numa tentativa tão mais desencaixada de me tornar outras melhores.
Grita e esperneia. Bate o pé. E eu ainda que desacreditada, vejo seus dedos folheando a minha mente. Perdoo - a por isso e perdoo quem não a sente. Só quero descobrir um jeito mais bonito pra olhar de frente, deixar de ver atrás das brechas o que mora aqui dentro. Porque alma também chora, molha todos os meus sonhos e acordo assim, amanhecida demais. Pronta pro tudo. Só depois descubro que tudo é pouco e que pronto é aquele que espera pela lida do que já foi escrito. O coração estremece. Bate pelo inesperado.
Por isso alma, anoitece pouco alfabetizada. Pouco de mim te assombra, mas muito de Ti me arremessa pro nada. Faz silêncio e descansa. Chega pro lado, fecha os olhos e deixa uns sonhos bonitos e sequinhos pra mim. Uma noite linda no mundo é fruto raro e eu ainda dependo deles pra me cobrir. Desentenda. Não faça o que quer se não sabe. Vira folha de mim ao vento e volta. Maiúscula.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Falta a calmaria, faltam as estrelas, faltam ...

O céu tão vago de estrelas, permanece ameno de esperança, e a escuridão do inverno ofusca o clarão de teus olhos, que como faróis que iluminam o cais, permanecem acendendo em minha memória.
As ruas vazias expressam a solidão exacta que assola o espírito em todas os dias de todos os anos que passam, quando passos que levem a felicidade permanecem escondidos. Você foi os passos e as estrelas da noite profunda, você foi como um vento que entrou pela minha janela, delicado e suave como borboletas que revoam os verões, encheu a casa de teus cheiros e por outra janela saiu., ficando apenas um aroma de beleza deixado para trás.
O barco de minha alma perdeu-se da âncora que o mantinha preso ao razo seguro do mar, e com o bravejo das ondas amendrotado veleja por aí, sem as âncoras nem remos. O barco segue sem rumo sabendo que haverá um porto seguro a desembarcar e em algum momento de algum lugar que se poderá chegar ao abrigo eterno, onde perdido entre a penumbra densa das madrugadas nunca mais se achará. A alma continua ali, quietinha no fundo do barquinha, com medo de reparar na extensa imensidão do oceano azul-negro.
Meu coração dentro do peito faz apenas um barulho macio, que de um dia gritante cessou de querer existir, e há apenas uma calmaria vultosa que em vezes se atormenta... Há tanto que passou, há tanto que virá, e não se pode saltar mar-adentro apenas porque as ondas o ameaçam devorar.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Sem contornos e sentidos


E se não puder revê-lo nunca mais?
Então todos os passos dados na estrada em busca daquele lugar bonito, com macieras e riachos, para resguardar nossas almas surradas, não passarão de um penhasco sinalizando a saída mais fácil.
Meios termos, tudo, nada, nunca, sempre. Está tudo tão indefinido e sem contornos, as coisas não tomaram formas inflexiveis e absolutas, não enquanto houver essa caminhada constante. As peças incertas, indefinidas, fora de seus encaixes, ocas, sem tonalidade alguma me deixam com medo; A ausência de cor que agora presencio, me deprime, me assusta. A falta daqueles olhos fundos me enfraquece.
Onde estão teus faróis que guiarão-me no caminho que dizias que eu teria que percorrer? Se dicestes que faltava pouco e que não irias abandonar-me, porque agora nessa cama fria só habitam suspiros de um pensar inexistente de tua presença?
O que existe é só um sentido trágico delineando as emoções corriqueiras dessas rotinas itediantes, e encaixar peças de algum momento sem que estejas aqui para marcá-los, sinto meu amor, é tarefa para depois.
Sabes que se tudo virar pó, ainda farei castelos na areia? E se o vento os derrubar, os refarei nos ares... mais não haverá fim.

Do que nao pode esqueçer

Ainda é especial, e tanto, tanto!



Esta dor gélida, aguda, de tão silente não pulsa, é inverno pois. Tudo vai perdendo formas e outra vez abre-se o labirinto em que os sonhos se perdem. Anestesiou, como de costume, e nesses efeitos eu já não sinto nada, nada além de uma falta de sentidos absoluta. Não há o que esperar, não há o que desejar com fervor, não há mais aqueles sonhos guardados com cuidado para se tornarem reais, não há nada a mais que esta realidade a ser aceitada, (logo por mim que jurei nunca desistir enquanto não realizasse NOSSOS sonhos, mais tudo se perdeu, e eu me sinto perdida como tudo) não há nada, apenas as lembranças, a lembrança intacta daquela voz que perdura dentro aqui, que de tão ausênte tem que morrer, mais não morre, se alimenta do resto de mim, da carcaça de meu suspirar, desse amor que tristemete ainda sabe existir, mais um dia vai ser só uma brisa, uma brisa gostoza que balançou meus cabelos e me fez sorrir... não é por vontade minha, mais não possuo mais forças, sou apenas silêncio, mudez das cinzas que restaram dentro de minha caixinha amarela, agora meio desbotada, mais em segurança, para não perder a matéria lúcida desse sentido que restou só em mim.
Ainda há um fiasco desse amor que não se lançou penhasco abaixo, preferiu por ficar aqui, dentro em mim, me fazendo relembrar de coisas que eu deveria esquecer, como uma ferida que não cicatriza, e fica ali, latejando sempre nos dias de chuva (onde as lembrar fica mais insuportável e doloroso). A tristeza intrepida, tristemente persiste em minha alma, que de tão familiar se tornou amiga, a única.
Me poupo de respostas, de planos, de sonhos...quero apenas ficar comigo e meu labor, me contentando com essa solidão enquanto puder, ficar aqui com este frio ao sol.
Me quedo neste lugar, neste momento inapreciável e sem sabor, solene de uma alegria solitária, levemente evaporada, e de palavras que desapareceram dos lábios, que antes jorravam uma calda doce de sentimentos, de quem costumava falar, falar de amor, de um amor que ainda não sabe morrer.

-

''Eu quero ser o sorriso, o primeiro pensamento a longa viagem, ou a curta distância, a voz do passado, a chamada do acaso, o riso, o beijo perfeito, o abraço de conforto, a sua segunda metade, o brilho em seus olhos ... e tudo o que você precisa, o que você quer ... Eu quero ser sua...''

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Castelos de areia desfeitos

... Houve um tempo em que o mundo era repleto de cores, havia vida por todos os lugares, e dentro de mim havia um coração que palpitava, regozijava vida... Cegava-me a luz ardente do sol com o crepúsculo do dia que ao teu lado faziam-se os mais belos. Houveram dias em que fechei os olhos com muita força com medo de que aqueles momentos bons, escapassem de minhas mãos como poeira no vento e eu não soubesse como buscá-los de volta, embora soubesse ser inevitável, mais o fazia, porque eu era feita da matéria que compõe os sonhos, e essa matéria não finda, apenas alimenta-se da esperança e do amor. engano meu, hoje os sonhos não são tão mais belos assim, e fogem de mim como as estações que instalam-se e tem que partir...
Então agora indagando-me sobre as cores do mundo, que alias não existem mais, pergunto-me onde estou, que daqui não vejo ao menos pequenas faíscas de um caminho a seguir. Onde estão tuas mãos brancas e pequenas mãos frias que seguravam as minhas com força e prometias que jamais abandonaria este coração que tanto o amara?
Olhando ao redor vejo que as horas passaram, os dias passaram e eu não passei, não passei pela ponte entre a felicidade e o viver, não soube cruzá-la... Seja por falta de forças ou dúvidas que vêem surgindo ao meio do caminho e nos impedem de continuar.
A verdade tem apenas um cor, e essa cor não é distinguida entre as tonalidades fortes e cinzas do dia. Uma eterna neblina cobre os olhos da sinceridade, e eu sempre soube que haverá um sol depois da tempestade para os passos orientar, e uma resposta para tudo se completar, embora agora tudo diga que não.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Faz falta

Hoje escrevi sobre você, mas as palavras se tornaram tão clichê que perderam a ilusão. Ninguém vai ler, ninguém vai saber, não hoje. Pois a vida está passando na frente dos meus olhos, e fiquei parada, mas essa pausa foi para pensar, descançar. Conclusões não existem, soluções são complicadas. A minha infantilidade e maturidade me fazem assim, exatamente assim. Mudanças pra mim mesma já foram decididas, a prática está só começando. Estou me libertando, mas saiba que sempre vai estar comigo, aonde quer que eu vá. Sinto falta das conversas e do melhor abraço, hoje eu senti tanta falta. Agora voltei a velha rotina, voltei as velhas indecisões, as novas certezas, os velhos sonhos, e as novas vontades. E agora, agora vou além do que eu posso querer. Talvez, pra algum dia voltar a acreditar.

Não desperdice sua vida tentando Resgatar o que lhe foi roubado ♪

domingo, 8 de agosto de 2010

In-tei-ro


É realmente muito simples: duas pessoas se conhecem e algo acontece. Algo sempre acontece, e não há nada de errado nisso.
O problema? O problema é quando continua acontecendo, over-and-over, como se fosse possível adiar o fim de qualquer momento que seja.
Daí, quando deixa de acontecer, é como um vidro sendo deixado cair Lentamente você o observa se afastar das tuas mãos, você sabe que vai espatifar-se em quatrocentos caquinhos e que por mais que você tente, nunca vai poder colá-lo de novo. E então, ele toca o chão fazendo barulho, tipo um ultimo suspiro, sei lá o quê e você fica lá, olhando os cacos, pensando nas várias formas com que poderia tê-lo segurado para evitar a queda...
E você, foi como um prato de vidro que eu deixei cair. Aliás, não sei bem se eu fui o prato ou você, o fato é que 'nós' viramos caquinhos. Quatrocentos caquinhos.

Isso tudo é pra dizer que ainda penso naquelas horas que eram nossas. E ainda esboço um sorriso só de lembrar das nossas birras, nossas farpas, nossas coisas. Só de lembrar que havia, ainda que timidamente, alguma coisa NOSSA. Porque afinal de contas, é isso que importa no fim, ter algo bom pra lembrar.

Fim. Estranho pensar assim, não é? Estranho que haja fim pruma coisa que nem precisou de começo. Fomos tão rápidos, estranhamente intensos, e -tenho orgulho dessa aqui- tão furtivos... Eu não lembro do nosso começo, tu lembra? Aposto que não. Mas eu lembro dos nossos nós de nós mesmos, o tempo inteiro. Preciso lhe contar essa, você vai rir, posso imaginar a sua cara e você balbuciando 'otária' pra esse papel aqui. Tu tens ocupado minha mente muito mais agora do que antigamente, sabia? É SIM, agora que não somos nada mais do que fragmentos, eu tenho sentido vontade de você. Aquela vontade que antes eu não tinha não. Isso é a vida brincando de me dar lição. Querendo dizer nas entrelinhas a famosa imbecilidade geral de ''só dar valor quando perde''. Mas, convenhamos que aqui não se aplica.
Eu não te perdi. Eu nunca tive.

Eu sinto vontade de ter ficado contigo só na imaginação, pra que agora eu pudesse ter de verdade, ainda que com as imposições de limites que bem sabemos quais são. Queria poder te abraçar sem sentir peso nos braços, ou sei lá o que é isso que eu sinto. Te ligar quando pensasse em você, sem que parecesse o que de fato é (porém precisa ser disfarçado), te falar besteiras, te ver todos os dias..., como eu queria você agora. Inteiro. IN-TEI-RO.

Tu deve estar franzindo a testa, mas fique ciente de que eu também não entendo do que estou escrevendo aqui.
Apenas sinto. E de sentir eu entendo, você sabe. Apesar de não conseguir expressá-lo, todo o meu sentir é imenso. E você sabe, todo seu. A menos por hora. Por horas. Tem sido assim...
Sério, tem hora que é foda.

... Eu escrevo para vs

Eu me sinto completamente boba sentindo falta de alguém que nem conheço. Mas infelizmente é isso que venho sentindo ultimamente: falta de você, do nosso futuro planejado, do que éramos antes dos problemas.
Não posso ser hipócrita a ponto de te fazer achar que eu não ligo pra essa distância, porém o meu orgulho é muito maior e não me deixa revelar que estou magoada. Magoada por você se quer ter me dado a chance de explicar que entendestes tudo errado! A tristeza que eu senti ao notar que estavas jogando tudo para o alto, como quem joga serpentina no carnaval, não me deixou dizer nem te impedir de ir.
Faz tanto tempo que não tenho notícias suas. Já nem me alegro ao ver o carteiro dobrar a esquina, ele já não para mais aqui. A falta que você faz me consome aos poucos, e a vontade que eu sinto é de gritar. Quem sabe você me ouça e resolva dar um sinal de vida; só pra que eu saiba como está: se com saúde, se mais magro, se conseguiu aquele estágio que esperava resposta.
Talvez até seja melhor essa completa dúvida à seu respeito, tenho medo do que chegaria de informação sua. Eu sei que não suportaria descobrir que trocou o meu endereço por outro qualquer e que suas palavras, agora, são de outra.
Por falar em palavras, são elas que me confortam nas noites em que não consigo dormir. Deitada, abro os envelopes coloridos - cuidadosamente guardados em sequência - e te leio. Passo meus dedos por sobre suas letras tentando imaginar você rabiscando naquele papel. Fecho os olhos e tento sentir o seu perfume, em vão, já evaporou. Minha droga mais entorpecente acabou! Seu perfume ja não existe aqui. Que pena, que tristeza, quanta saudade!
Peço silenciosamente que Deus ilumine o seu caminho, e torço profundamente que ele cruze o meu novamente. Não menti quando disse que o amo e, muito menos, quando revelei minha intenção de viver essa vida contigo. É você, não adianta o quanto eu lute contra isso, é você.


Sempre sua.

Just (For) You.


Senti a vontade mais urgente, a falta mais ausente, e o sentimento mais presente. Foi o que protagonizou a cena mais apaixonada de toda a minha vida. Eu comecei a sonhar com uma vida mais plena, vi um futuro, um seguro. Foram as mais sinceras palavras, as maiores promessas. Eu realmente pensei em algo sério, imaginei um elo e sonhei com um castelo. Eu me prendia, eu me rendia e nunca resistia. Largaria qualquer um, largaria todos. Foi minha exceção, minha única exceção, foi minha força, minha torre. Foi o melhor cobertor, o melhor refugio. Foi o causador de muita coisa. Foi a melhor canção, a melhor mão, a maior paixão. Eu perderia a liberdade de estar sozinha, que há infinitos anos eu conhecia. Me fazia continuar. Me fazia levantar em dias piores. Me fazia sol em dias chuvosos. Eu escalaria uma montanha, eu andaria até a Roma. Eu melhoraria muita coisa, muita. Eu mudaria minha rotina, minha realidade, minha cidade, minha vida. E eu faria tudo de novo. Tudo, tudo isso apenas por você. Só por você, só você, somente você. Só você fez tudo isso em mim, em meu corpo, em meu coração, em minha vida. Tu sempre foi a melhor cor, o melhor tom e o meu maior sentimento.. Só por você esperaria o tempo que fosse. Só por você eu ia. Só por você valeria a pena.

sábado, 10 de julho de 2010

... Sentimento da alma

Eu pronuncio teu nome nas noites escuras, quando a lua vem na densa madrugada riscar um fiasco de luz em meu quarto, então á beira da cama com o corpo quente, fervendo de saudade, eu lembro teu rosto.
E eu me sinto vazia, plenamente oca de razão e lucidez, apenas cantando e cantando milhares de vezes a mesma canção, trocando estrofes por bocejos, e sonhos por lágrimas.
O dia vai tardar, e o sol lento no horizonte ainda não despontou sua fraca luz em meio a neblina previsível da manhã que já quase se anuncia, ah Deus o tempo não passa.
Louco relógio que canta mortas horas antigas, que foram embora junto com a minha inocência de menina, e com o brilho daqueles olhos azuis oceânicos que acalmavam qualquer tempestade dentro mim, foram com o outono para o infinito.
Eu sussurro teu nome bem baixinho, eu canto cada letra que compõe você... pronuncio teu nome incansavelmente porque meus pensamentos tristes só isso sabem lembrar.
Me agarro a coberta e conto para as paredes amarelas o quanto de amor eu tenho guardado, olho para o céu com nuvens cinzas e escuras e procuro uma estrela que pareça ser a esperança de que Deus me ouça e peço: Traga-o pra mim, eu imploro traga-o para mim...
Minhas palavras fazem eco na varanda, e tudo parece mais longe do nunca. Mais distante que todas as estrelas, mais distante que a estrela que reluziu rasgando o véu e me ouviu chorar e mais triste que a mansa chuva que sei que no romper da aurora cairá sobre os vales.
Se minha alma expressasse para que visses o tamanho da dor que sofres, tua mente não seria capaz de saber um dia o quanto amor eu senti por ti e ainda sinto. Um amor que dói, que me desgarra todos os dias de mim mesma, eterna luta entre minha razão e minha emoção...
Não tente entender, nenhuma culpa tens.
Mais não deixe que o amor passe, porque se meus dedos pudessem agarrar a nós dois e nos congelar no tempo num instante juntos eu faria deste momento um instante de amor, porque um segundo ao teu lado valeria por todo este tempo longe de ti.

- Não sei se conssegui expressar bem minha tristeza, mais não tentem entender, jamais entenderão o que se passa neste meu coração solitário, que esta sangrando.

{então hoje ouvi nossa música em todas as horas : ''Jura que sabe que eu amo voce diz pra mim que falta pouco tempo pra gente se ver... ♪}

Valsa triste

Ah como esta nostalgia tem me consumido. Pinta a boca imaginando marca-la em ti, em cada pedacinho deste teu ser.
Saudade fútil, saudade frágil, apenas saudades, meros papéis, moldados de letras, sangrentos de lágrimas, banhados de dor.
È esse o meu amor.
Essa composição de notas, formando a canção desse valsa da vida, danço-a todos os dias. Me entrego desde a primeira dança.
Essa é minha estrada ditosa de erros, e continuo errando, e aprendendo com isso .
Do amor e essas coisas estranhas que com ele vem.

Luz, silêncio, sombras

Por um instante parei, houve uma imensa ponte de silêncio dentro de mim, uma ligação entre eu, meus pensamentos e você.
Experimentei tanto de toda minha vida, sei hoje da ternura dos versos e das flores, e disso tudo descobri o bicho amor. è bem verdade que dói, dói mesmo, mas arrebata e deveras é a melhor morte ante nascimento. hoje não percebo a agressividade de minhas palavras, me sinto quieta na voz, na alma, no corpo e na escrita. Me sinto mais eu mesma.
Descobri- o, eu me descobri em ti, e agora sei quem sou idependente de quem és, e sim! tu servistes para algo, algo bom, sim! admito, algo muito bom, a melhor experiência de minha vida.

Tanto tempo que me mantenho longe dos meus sonhos, sei que é até inevitável não sentir falta, mas até isso pode fortalecer o meu caminho. E mesma esta distância REAL de meu mundo para meus desejos não me tira a vontade de ainda lutar. Lutar e vencer a irrelevancia dos fatos.

Eu vivi nas manhãs mais ensolaradas de verão, eu sonhei em teus braços nas tardes de outono, eu voei como uma borboleta nas canção que nus aqueciam no inverno, e agora descanso minha alma na primavera na espera de que as flores não tardem a nascer nos campos, aqueles que percorríamos tempos antes, eu andei nas noites profundas, eu rasguei da madrugada minha dor, mas nem isso pode me tirar a sanidade que o amor impôs.

Não temo o tempo, pois nada nesta terra pode sufocar os milagres que ele próprio realizou e que hão de voltar...
Mesma com as sombras da lua a cobrir meus olhos, ainda há um véu para rasgar dos olhos meus, onde nele contém todos os segredos de minha mente inconformada.

Amor e alegria eram nossas companheiras e sinto profundamente a falta dessas sensações á flor da pele.
Mais isso é só mais uma dor, dor de momentos pregados pela própria vida!
O passado, aqueles de uns meses atrás cada vez segue adiante e por vez ou outra cai uma lágrima pelas lembranças que transbordam a alma, já não podendo conte-las.
Sei que a vida é feita disto, das sombras e da luz, do silêncio e dos gritantes festins de cores de alguns instantes - e eu vivo disto, somente disto... dessa nostalgia de teu corpo.

A vida é um ciclo de tempos, assim como o dia e a noite, e aprendi a pouco que tão necessário como viver, é também saber obedecer as suas fases, como uma roda-gigante oscilando suas alturas e depois de cada assasinio, de cada agonia, com certeza se pode sentir o suave sabor do descanso, de somente ver o tempo passar para as coisas acontecerem... é assim como me sinto, apenas uma menina sentada no meio da estrada por ter cansado de correr tanto atrás de algo que vai bem mais adiante que meus pés, e então descanso sentada na grama verdinha para não pegar muito sol, e estar inteira quando resolveres retornar a teu lar meu amor...

Não importa se vivo ou morto esse sentimento sempre habita nos átrios de meu corpo, e sempre deleito e teus braços, mesmo que seja somente a sonhar...
Tu sempre está aqui comigo nas boas lembranças que carrego, e acredite de todas as lágrimas que derramei, por cada uma delas já te perdoei e ainda o amo como desde a primeira vez.
E se o mundo inteiro também morrer
Viva, eu o amo!

domingo, 27 de junho de 2010


As coisas boas estão tão longe, me olho no espelho e percebo o quanto as coisas mudaram...
Talvez meus atos estivessem errados pra receber tal castigo, de dia o sol da angústia, pela noite a lua da solidão.
Sorrisos estão migrando para longe de meus olhos cada vez mais rápido, eu não vejo a luz... A luz que a vida pode dar... eu não o vejo mais faz muito tempo!
Eu levanto o olhar para a estrada a minha frente, pedaços de meus sonhos resmungam a beira da estrada, eu não vejo pessoas ou vida, eu vejo manchas, gomos embaçados e cada vez mais confusos, eu choro por que concluo que esta é minha vida, e eu não queria que fosse assim, totalmente o oposto do que uma pessoa poderia sonhar.

O estar junto, os beijos quentes nas manhãs, uma cosquinha no pescoço, um banho morno pra relaxar, uma soneca abraçado, uma vida partilhada contigo, era todo o meu sonho de amor.
E hoje vejo misérias desse sonhos logrando migalhas no caminho.
Eu nunca esperei que seria assim!
Será que é por minha causa?
Será que eu deveria dar mais atenção para as razões que as emoções?
eu estou afundando, as ondas batem na minha cabeça e aos poucos eu perco a vontade de viver e o fôlego... eu estou vivendo no caos, onde nada é bastante.

Andando pela estrada que sei ferreneamente que querendo ou não devo seguir, tenho consciência cada vez mais que a felicidade pode não estar no fim dela, mas com certeza em cada pedaço dos lugares que passei contigo ela está logo ali, esperando cansativamente que voltemos ao primeiro amor.

Qual a melhor maneira para continuar suportando isso? Como não desistir?
Eu tenho conssiguido olhar para tudo a minha volta, mas não consigo olhar dentro de mim.
As vezes eu penso que minha mente fala, fala as razões para isso tudo, mas são imprevistos, essas mensagens chegam sem avisar e então eu pega de surpresa não posso escutar o que minha mente está tentando dizer...
Talvez se eu soubesse interpretar tuas palavras o caminho para loge daqui não pareceria tão longe.

È, eu sei... as respostas estão todas guardadas por d'trás de tuas feições, eu só necessito olhar teus olhos para percebê-las, mas eles se fazem tão distantes do meu alcance.
Eu não posso ver, mas sei que há razões bastantes claras para tudo o que anda acontecendo, cedo ou tarde elas chegarão... e eu só preciso ouvi-las de ti.
Estou só! Sozinha e caindo em minha solidão, é assim que me sinto
- como numa montanha coberta de neve e isolada do mundo.
Minha alma jaz a dormir, deseja flutuar na ilusão dos meus sonhos, aqueles sonhos, doces ilusões onde encontro-te ainda somente amando-me, com apenas um pedido: o de não acordar!
No silêncio eu choro, um silêncio tão gritante quanto a escura linha da meia-noite, eu me perco dentro de meus medos, eu me afundo cada vez mais neste buraco imenso e amedrontador que são os segredos de minha alma.
Minha dor é tão profunda quase consigo sentir o gosto do pó de meu rosto no chão, em lágrimas misturo-me a dança envolvente da minha melancolia.

Me viro contando meus dias, na fútil esperança de que eles passem adiante e que talvez na ténue cor da próxima manhã eu veja uma concreta razão para poder sorrir...
Pensando em o quanto eu fui feliz, em o quanto era completa, posso sem dúvidas dizer que fui a mulher mais feliz do mundo, pensando neste passado eu decaio e choro lentamente as lágrimas de minha angústia.

A minha vida não poderá jamais ser a mesma, não há dúvidas de que a marca que deixaste em mim fostes eterna.
Nem o tempo pode apagar-te de meu corpo e coração.
Contando lágrimas intermináveis no qual eu choro por você eu tento nesse vazio absurdo encontrar soluções para meu desespero, procuro uma luz para que consiga continuar seguindo acreditando que ainda posso o ver em alguma esquina de nossas vidas.
Ver teu rosto, ainda tocar tua pele, é só mais um desejo do meu coração, e se eu tivesse somente um pedido para fazer nesta vida, tu estaria nele, porque o que é minha vida sem ti? Ela segue sendo um nada, vazio, oco e sem forma.

Eu não tenho mais notícias tuas, eu não sei o que tu andas fazendo, nem o que sentes, sinto medo dessa distância longa entre nós, me excluíste de teu mundo, e até agora não entendo.
Eu queria falar contigo, queria ainda ouvir tua voz, mas é vaidade, foi e já não existe mais, e quem sabe siga somente sendo mais uma nostalgia para a vida toda.

Eu sonhei esperançosamente durante tempos por uma vida que talvez agora não pertença mais a mim. Eu lutei durante meses por algo que agora parece não ter valor algum. Eu não ganhei nada no final disso tudo - se é que este é realmente o final - só desgosto, aflição e dor! Eu tenho certeza que por tanto te amar eu não merecia isso.

Acima vejo as estrelas iluminadas pela lua e peço a Deus que me dê forças para continuar, mesmo ferida lutar para vencer - estas dores, esse desprezo.
Torturada pela realidade, tão cruel quanto a morte, eu me lamento, um grito magro e infinito que eu não sei como conter.
Eu sinto muito a falta daquele a qual meu coração um dia saltou de euforia e amor, eu sinto muita saudade, e toda essa perda deixou cicatrizes - profundas e incuráveis.

Em um mundo sem sentimentos eu vejo meus sonhos todos mortos, todos aos pés da injusta vida.
Ninguém ao meu lado, e eu nem sei para onde me mover, eu sei somente que devo sair do escuro, mesmo ele estando dentro de mim mesma.
Eu sei onde eu estou mas eu não sei, juro que não sei o que fazer.
Eu só peço, peço, peço para que tudo tenha um fim, talvez bom, talvez ruim... mas que tenha um fim porque eu já não suporto essa situação.

Abraçando o silêncio em minha solidão eu tento procurar neste afago frio uma protecção, pois os braços que me faziam sentir segurança já não estão em meu corpo.
Tento não ter medo desse abismo, mas é quase que impossível, eu já não consigo evitar que as pessoas percebam em meus olhos vermelhos da noite que eu passei chorando.
Mas embora doa como dói, é só uma aguda dor que dói no peito. [e que aos poucos me mata]

Abstrato

E me entender, é se perder mais em mim.
Sem alguma certeza de retorno algum.
Sem mais explicações tudo é questionável, inconstante como as estações que vão passando.
E ao fim de tudo, sempre restarão os sonhos não realizados, não sonhados, sem remorsos pra sonhar.
Saudade, é isso que faz agente devanear assim.
E agora no fim, essas palavras só façam sentido para mim, mais é sobre isso que escrevo,essas linhas tortas, vitimas das confusões que os sentimentos fazem n'agente
Tive um sonho bonito, e acordei chorando.
Soluçando na tênue madrugada que assombrava pela janela velha.
Assim tudo começou hoje, mais um dia em que amanheceu frio com neblina e ventania... E agora no fim da tarde tudo continua como amanheceu, cinza e silencioso. Agradeço por isso até, a não ser o fato de que são exactamente esses dias que me fazem acordar triste, cheia de pensamentos e lembranças.
Estou tão assustada, a não ser pelo sentimento de perda, ou por só poder aceitar que me perdi junto daquele a quem amo, e que só posso seguir os dias adiante tendo a segurança dele me dando a mão.
Ter uma mão pra pegar foi o que eu sempre esperei do amor, do que também pode-se chamar: respeito, carinho, gostar. No entanto este conceito tenha se misturado e muito a sujeira do mundo, se perdendo até das mentes das pessoas.
Muitas vezes antes de dormir, naquela batalha cravada entre nós, a fantasia do sono e o medo do mundo subjectivo que carregamos em nossas mentes, finjo que ele está me dando a mão, e então eu vou, vou para esta ausência de forma que são os sonhos, os sonhos perfeitos em que nos campos verdejantes com um longo vestido branco florido estou a cantar bamboleando ao teu lado, que me pegas no colo e fazes com que o tempo soe bem mais devagar ao me enlaçar nos teus braços, debaixo do sol fraquinho do poente, com todas as cores do crepúsculo a vibrar nos rostos pálidos.
E mesmo temendo me perder nessa ilusão eu continuo indo para o sonho, porque só ele me protege dentro e fora desse mundo que nós vemos, ou preferimos não ver, seja por medo, despreparo ou por não ser o que julgamos doce e real.
Ir para a cama, dormir, sonhar e entrar no paraíso que eu chamo de 'minha liberdade', onde caminho, desatino, caminho somente, sem saber onde a estrada vai dar, eu sei que lá na frente eu sempre vou encontra-lo sentado dizendo que estou atrasada... Este é o meu paraíso, esse mundo sem forma, em que sempre desejo perder-me e nunca mais acordar, porque na maioria das vezes tudo é somente um sonho, belo e breve como borboletas, sonhos que se perdem aos poucos na mediocridade do mundo, apartir do momento em que os olhos são abertos, e sobre a rosto pálido do sonhador as coisas se desmancham no vento.
Agora e então acordada, eu não raciocino bem e tudo que faço é te entregar estas palavras -que aliás, são tudo que tenho- para que ao menos possa (rê)organizar minha vida, minhas letras e mais, transformando-as em alguma coisa alegre, e que de fato me faça sorrir e sentir a vida outra vez

Insuperavel

eu sei que o problema esta em mim, eu nao sei se ainda existem razoes, pois realmente acho que nao encontra-se mais sentido. Desiçoes muitas vezes erradas e a dor que toma conta de mim e extremamente insuperavel , e o que fazer? Se eu me deixei cair em um buraco sem fim, tao profundo que jamais poderei sair, um passaro voando sem rumo .. buscando motivos para continuar .. ou talvez a escuridao . Isso é o fim eu ja nao tenho forças . Me entrego ao abismo !