sábado, 10 de julho de 2010

Luz, silêncio, sombras

Por um instante parei, houve uma imensa ponte de silêncio dentro de mim, uma ligação entre eu, meus pensamentos e você.
Experimentei tanto de toda minha vida, sei hoje da ternura dos versos e das flores, e disso tudo descobri o bicho amor. è bem verdade que dói, dói mesmo, mas arrebata e deveras é a melhor morte ante nascimento. hoje não percebo a agressividade de minhas palavras, me sinto quieta na voz, na alma, no corpo e na escrita. Me sinto mais eu mesma.
Descobri- o, eu me descobri em ti, e agora sei quem sou idependente de quem és, e sim! tu servistes para algo, algo bom, sim! admito, algo muito bom, a melhor experiência de minha vida.

Tanto tempo que me mantenho longe dos meus sonhos, sei que é até inevitável não sentir falta, mas até isso pode fortalecer o meu caminho. E mesma esta distância REAL de meu mundo para meus desejos não me tira a vontade de ainda lutar. Lutar e vencer a irrelevancia dos fatos.

Eu vivi nas manhãs mais ensolaradas de verão, eu sonhei em teus braços nas tardes de outono, eu voei como uma borboleta nas canção que nus aqueciam no inverno, e agora descanso minha alma na primavera na espera de que as flores não tardem a nascer nos campos, aqueles que percorríamos tempos antes, eu andei nas noites profundas, eu rasguei da madrugada minha dor, mas nem isso pode me tirar a sanidade que o amor impôs.

Não temo o tempo, pois nada nesta terra pode sufocar os milagres que ele próprio realizou e que hão de voltar...
Mesma com as sombras da lua a cobrir meus olhos, ainda há um véu para rasgar dos olhos meus, onde nele contém todos os segredos de minha mente inconformada.

Amor e alegria eram nossas companheiras e sinto profundamente a falta dessas sensações á flor da pele.
Mais isso é só mais uma dor, dor de momentos pregados pela própria vida!
O passado, aqueles de uns meses atrás cada vez segue adiante e por vez ou outra cai uma lágrima pelas lembranças que transbordam a alma, já não podendo conte-las.
Sei que a vida é feita disto, das sombras e da luz, do silêncio e dos gritantes festins de cores de alguns instantes - e eu vivo disto, somente disto... dessa nostalgia de teu corpo.

A vida é um ciclo de tempos, assim como o dia e a noite, e aprendi a pouco que tão necessário como viver, é também saber obedecer as suas fases, como uma roda-gigante oscilando suas alturas e depois de cada assasinio, de cada agonia, com certeza se pode sentir o suave sabor do descanso, de somente ver o tempo passar para as coisas acontecerem... é assim como me sinto, apenas uma menina sentada no meio da estrada por ter cansado de correr tanto atrás de algo que vai bem mais adiante que meus pés, e então descanso sentada na grama verdinha para não pegar muito sol, e estar inteira quando resolveres retornar a teu lar meu amor...

Não importa se vivo ou morto esse sentimento sempre habita nos átrios de meu corpo, e sempre deleito e teus braços, mesmo que seja somente a sonhar...
Tu sempre está aqui comigo nas boas lembranças que carrego, e acredite de todas as lágrimas que derramei, por cada uma delas já te perdoei e ainda o amo como desde a primeira vez.
E se o mundo inteiro também morrer
Viva, eu o amo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário