sábado, 10 de julho de 2010

... Sentimento da alma

Eu pronuncio teu nome nas noites escuras, quando a lua vem na densa madrugada riscar um fiasco de luz em meu quarto, então á beira da cama com o corpo quente, fervendo de saudade, eu lembro teu rosto.
E eu me sinto vazia, plenamente oca de razão e lucidez, apenas cantando e cantando milhares de vezes a mesma canção, trocando estrofes por bocejos, e sonhos por lágrimas.
O dia vai tardar, e o sol lento no horizonte ainda não despontou sua fraca luz em meio a neblina previsível da manhã que já quase se anuncia, ah Deus o tempo não passa.
Louco relógio que canta mortas horas antigas, que foram embora junto com a minha inocência de menina, e com o brilho daqueles olhos azuis oceânicos que acalmavam qualquer tempestade dentro mim, foram com o outono para o infinito.
Eu sussurro teu nome bem baixinho, eu canto cada letra que compõe você... pronuncio teu nome incansavelmente porque meus pensamentos tristes só isso sabem lembrar.
Me agarro a coberta e conto para as paredes amarelas o quanto de amor eu tenho guardado, olho para o céu com nuvens cinzas e escuras e procuro uma estrela que pareça ser a esperança de que Deus me ouça e peço: Traga-o pra mim, eu imploro traga-o para mim...
Minhas palavras fazem eco na varanda, e tudo parece mais longe do nunca. Mais distante que todas as estrelas, mais distante que a estrela que reluziu rasgando o véu e me ouviu chorar e mais triste que a mansa chuva que sei que no romper da aurora cairá sobre os vales.
Se minha alma expressasse para que visses o tamanho da dor que sofres, tua mente não seria capaz de saber um dia o quanto amor eu senti por ti e ainda sinto. Um amor que dói, que me desgarra todos os dias de mim mesma, eterna luta entre minha razão e minha emoção...
Não tente entender, nenhuma culpa tens.
Mais não deixe que o amor passe, porque se meus dedos pudessem agarrar a nós dois e nos congelar no tempo num instante juntos eu faria deste momento um instante de amor, porque um segundo ao teu lado valeria por todo este tempo longe de ti.

- Não sei se conssegui expressar bem minha tristeza, mais não tentem entender, jamais entenderão o que se passa neste meu coração solitário, que esta sangrando.

{então hoje ouvi nossa música em todas as horas : ''Jura que sabe que eu amo voce diz pra mim que falta pouco tempo pra gente se ver... ♪}

Valsa triste

Ah como esta nostalgia tem me consumido. Pinta a boca imaginando marca-la em ti, em cada pedacinho deste teu ser.
Saudade fútil, saudade frágil, apenas saudades, meros papéis, moldados de letras, sangrentos de lágrimas, banhados de dor.
È esse o meu amor.
Essa composição de notas, formando a canção desse valsa da vida, danço-a todos os dias. Me entrego desde a primeira dança.
Essa é minha estrada ditosa de erros, e continuo errando, e aprendendo com isso .
Do amor e essas coisas estranhas que com ele vem.

Luz, silêncio, sombras

Por um instante parei, houve uma imensa ponte de silêncio dentro de mim, uma ligação entre eu, meus pensamentos e você.
Experimentei tanto de toda minha vida, sei hoje da ternura dos versos e das flores, e disso tudo descobri o bicho amor. è bem verdade que dói, dói mesmo, mas arrebata e deveras é a melhor morte ante nascimento. hoje não percebo a agressividade de minhas palavras, me sinto quieta na voz, na alma, no corpo e na escrita. Me sinto mais eu mesma.
Descobri- o, eu me descobri em ti, e agora sei quem sou idependente de quem és, e sim! tu servistes para algo, algo bom, sim! admito, algo muito bom, a melhor experiência de minha vida.

Tanto tempo que me mantenho longe dos meus sonhos, sei que é até inevitável não sentir falta, mas até isso pode fortalecer o meu caminho. E mesma esta distância REAL de meu mundo para meus desejos não me tira a vontade de ainda lutar. Lutar e vencer a irrelevancia dos fatos.

Eu vivi nas manhãs mais ensolaradas de verão, eu sonhei em teus braços nas tardes de outono, eu voei como uma borboleta nas canção que nus aqueciam no inverno, e agora descanso minha alma na primavera na espera de que as flores não tardem a nascer nos campos, aqueles que percorríamos tempos antes, eu andei nas noites profundas, eu rasguei da madrugada minha dor, mas nem isso pode me tirar a sanidade que o amor impôs.

Não temo o tempo, pois nada nesta terra pode sufocar os milagres que ele próprio realizou e que hão de voltar...
Mesma com as sombras da lua a cobrir meus olhos, ainda há um véu para rasgar dos olhos meus, onde nele contém todos os segredos de minha mente inconformada.

Amor e alegria eram nossas companheiras e sinto profundamente a falta dessas sensações á flor da pele.
Mais isso é só mais uma dor, dor de momentos pregados pela própria vida!
O passado, aqueles de uns meses atrás cada vez segue adiante e por vez ou outra cai uma lágrima pelas lembranças que transbordam a alma, já não podendo conte-las.
Sei que a vida é feita disto, das sombras e da luz, do silêncio e dos gritantes festins de cores de alguns instantes - e eu vivo disto, somente disto... dessa nostalgia de teu corpo.

A vida é um ciclo de tempos, assim como o dia e a noite, e aprendi a pouco que tão necessário como viver, é também saber obedecer as suas fases, como uma roda-gigante oscilando suas alturas e depois de cada assasinio, de cada agonia, com certeza se pode sentir o suave sabor do descanso, de somente ver o tempo passar para as coisas acontecerem... é assim como me sinto, apenas uma menina sentada no meio da estrada por ter cansado de correr tanto atrás de algo que vai bem mais adiante que meus pés, e então descanso sentada na grama verdinha para não pegar muito sol, e estar inteira quando resolveres retornar a teu lar meu amor...

Não importa se vivo ou morto esse sentimento sempre habita nos átrios de meu corpo, e sempre deleito e teus braços, mesmo que seja somente a sonhar...
Tu sempre está aqui comigo nas boas lembranças que carrego, e acredite de todas as lágrimas que derramei, por cada uma delas já te perdoei e ainda o amo como desde a primeira vez.
E se o mundo inteiro também morrer
Viva, eu o amo!