domingo, 27 de junho de 2010


As coisas boas estão tão longe, me olho no espelho e percebo o quanto as coisas mudaram...
Talvez meus atos estivessem errados pra receber tal castigo, de dia o sol da angústia, pela noite a lua da solidão.
Sorrisos estão migrando para longe de meus olhos cada vez mais rápido, eu não vejo a luz... A luz que a vida pode dar... eu não o vejo mais faz muito tempo!
Eu levanto o olhar para a estrada a minha frente, pedaços de meus sonhos resmungam a beira da estrada, eu não vejo pessoas ou vida, eu vejo manchas, gomos embaçados e cada vez mais confusos, eu choro por que concluo que esta é minha vida, e eu não queria que fosse assim, totalmente o oposto do que uma pessoa poderia sonhar.

O estar junto, os beijos quentes nas manhãs, uma cosquinha no pescoço, um banho morno pra relaxar, uma soneca abraçado, uma vida partilhada contigo, era todo o meu sonho de amor.
E hoje vejo misérias desse sonhos logrando migalhas no caminho.
Eu nunca esperei que seria assim!
Será que é por minha causa?
Será que eu deveria dar mais atenção para as razões que as emoções?
eu estou afundando, as ondas batem na minha cabeça e aos poucos eu perco a vontade de viver e o fôlego... eu estou vivendo no caos, onde nada é bastante.

Andando pela estrada que sei ferreneamente que querendo ou não devo seguir, tenho consciência cada vez mais que a felicidade pode não estar no fim dela, mas com certeza em cada pedaço dos lugares que passei contigo ela está logo ali, esperando cansativamente que voltemos ao primeiro amor.

Qual a melhor maneira para continuar suportando isso? Como não desistir?
Eu tenho conssiguido olhar para tudo a minha volta, mas não consigo olhar dentro de mim.
As vezes eu penso que minha mente fala, fala as razões para isso tudo, mas são imprevistos, essas mensagens chegam sem avisar e então eu pega de surpresa não posso escutar o que minha mente está tentando dizer...
Talvez se eu soubesse interpretar tuas palavras o caminho para loge daqui não pareceria tão longe.

È, eu sei... as respostas estão todas guardadas por d'trás de tuas feições, eu só necessito olhar teus olhos para percebê-las, mas eles se fazem tão distantes do meu alcance.
Eu não posso ver, mas sei que há razões bastantes claras para tudo o que anda acontecendo, cedo ou tarde elas chegarão... e eu só preciso ouvi-las de ti.
Estou só! Sozinha e caindo em minha solidão, é assim que me sinto
- como numa montanha coberta de neve e isolada do mundo.
Minha alma jaz a dormir, deseja flutuar na ilusão dos meus sonhos, aqueles sonhos, doces ilusões onde encontro-te ainda somente amando-me, com apenas um pedido: o de não acordar!
No silêncio eu choro, um silêncio tão gritante quanto a escura linha da meia-noite, eu me perco dentro de meus medos, eu me afundo cada vez mais neste buraco imenso e amedrontador que são os segredos de minha alma.
Minha dor é tão profunda quase consigo sentir o gosto do pó de meu rosto no chão, em lágrimas misturo-me a dança envolvente da minha melancolia.

Me viro contando meus dias, na fútil esperança de que eles passem adiante e que talvez na ténue cor da próxima manhã eu veja uma concreta razão para poder sorrir...
Pensando em o quanto eu fui feliz, em o quanto era completa, posso sem dúvidas dizer que fui a mulher mais feliz do mundo, pensando neste passado eu decaio e choro lentamente as lágrimas de minha angústia.

A minha vida não poderá jamais ser a mesma, não há dúvidas de que a marca que deixaste em mim fostes eterna.
Nem o tempo pode apagar-te de meu corpo e coração.
Contando lágrimas intermináveis no qual eu choro por você eu tento nesse vazio absurdo encontrar soluções para meu desespero, procuro uma luz para que consiga continuar seguindo acreditando que ainda posso o ver em alguma esquina de nossas vidas.
Ver teu rosto, ainda tocar tua pele, é só mais um desejo do meu coração, e se eu tivesse somente um pedido para fazer nesta vida, tu estaria nele, porque o que é minha vida sem ti? Ela segue sendo um nada, vazio, oco e sem forma.

Eu não tenho mais notícias tuas, eu não sei o que tu andas fazendo, nem o que sentes, sinto medo dessa distância longa entre nós, me excluíste de teu mundo, e até agora não entendo.
Eu queria falar contigo, queria ainda ouvir tua voz, mas é vaidade, foi e já não existe mais, e quem sabe siga somente sendo mais uma nostalgia para a vida toda.

Eu sonhei esperançosamente durante tempos por uma vida que talvez agora não pertença mais a mim. Eu lutei durante meses por algo que agora parece não ter valor algum. Eu não ganhei nada no final disso tudo - se é que este é realmente o final - só desgosto, aflição e dor! Eu tenho certeza que por tanto te amar eu não merecia isso.

Acima vejo as estrelas iluminadas pela lua e peço a Deus que me dê forças para continuar, mesmo ferida lutar para vencer - estas dores, esse desprezo.
Torturada pela realidade, tão cruel quanto a morte, eu me lamento, um grito magro e infinito que eu não sei como conter.
Eu sinto muito a falta daquele a qual meu coração um dia saltou de euforia e amor, eu sinto muita saudade, e toda essa perda deixou cicatrizes - profundas e incuráveis.

Em um mundo sem sentimentos eu vejo meus sonhos todos mortos, todos aos pés da injusta vida.
Ninguém ao meu lado, e eu nem sei para onde me mover, eu sei somente que devo sair do escuro, mesmo ele estando dentro de mim mesma.
Eu sei onde eu estou mas eu não sei, juro que não sei o que fazer.
Eu só peço, peço, peço para que tudo tenha um fim, talvez bom, talvez ruim... mas que tenha um fim porque eu já não suporto essa situação.

Abraçando o silêncio em minha solidão eu tento procurar neste afago frio uma protecção, pois os braços que me faziam sentir segurança já não estão em meu corpo.
Tento não ter medo desse abismo, mas é quase que impossível, eu já não consigo evitar que as pessoas percebam em meus olhos vermelhos da noite que eu passei chorando.
Mas embora doa como dói, é só uma aguda dor que dói no peito. [e que aos poucos me mata]

Abstrato

E me entender, é se perder mais em mim.
Sem alguma certeza de retorno algum.
Sem mais explicações tudo é questionável, inconstante como as estações que vão passando.
E ao fim de tudo, sempre restarão os sonhos não realizados, não sonhados, sem remorsos pra sonhar.
Saudade, é isso que faz agente devanear assim.
E agora no fim, essas palavras só façam sentido para mim, mais é sobre isso que escrevo,essas linhas tortas, vitimas das confusões que os sentimentos fazem n'agente
Tive um sonho bonito, e acordei chorando.
Soluçando na tênue madrugada que assombrava pela janela velha.
Assim tudo começou hoje, mais um dia em que amanheceu frio com neblina e ventania... E agora no fim da tarde tudo continua como amanheceu, cinza e silencioso. Agradeço por isso até, a não ser o fato de que são exactamente esses dias que me fazem acordar triste, cheia de pensamentos e lembranças.
Estou tão assustada, a não ser pelo sentimento de perda, ou por só poder aceitar que me perdi junto daquele a quem amo, e que só posso seguir os dias adiante tendo a segurança dele me dando a mão.
Ter uma mão pra pegar foi o que eu sempre esperei do amor, do que também pode-se chamar: respeito, carinho, gostar. No entanto este conceito tenha se misturado e muito a sujeira do mundo, se perdendo até das mentes das pessoas.
Muitas vezes antes de dormir, naquela batalha cravada entre nós, a fantasia do sono e o medo do mundo subjectivo que carregamos em nossas mentes, finjo que ele está me dando a mão, e então eu vou, vou para esta ausência de forma que são os sonhos, os sonhos perfeitos em que nos campos verdejantes com um longo vestido branco florido estou a cantar bamboleando ao teu lado, que me pegas no colo e fazes com que o tempo soe bem mais devagar ao me enlaçar nos teus braços, debaixo do sol fraquinho do poente, com todas as cores do crepúsculo a vibrar nos rostos pálidos.
E mesmo temendo me perder nessa ilusão eu continuo indo para o sonho, porque só ele me protege dentro e fora desse mundo que nós vemos, ou preferimos não ver, seja por medo, despreparo ou por não ser o que julgamos doce e real.
Ir para a cama, dormir, sonhar e entrar no paraíso que eu chamo de 'minha liberdade', onde caminho, desatino, caminho somente, sem saber onde a estrada vai dar, eu sei que lá na frente eu sempre vou encontra-lo sentado dizendo que estou atrasada... Este é o meu paraíso, esse mundo sem forma, em que sempre desejo perder-me e nunca mais acordar, porque na maioria das vezes tudo é somente um sonho, belo e breve como borboletas, sonhos que se perdem aos poucos na mediocridade do mundo, apartir do momento em que os olhos são abertos, e sobre a rosto pálido do sonhador as coisas se desmancham no vento.
Agora e então acordada, eu não raciocino bem e tudo que faço é te entregar estas palavras -que aliás, são tudo que tenho- para que ao menos possa (rê)organizar minha vida, minhas letras e mais, transformando-as em alguma coisa alegre, e que de fato me faça sorrir e sentir a vida outra vez

Insuperavel

eu sei que o problema esta em mim, eu nao sei se ainda existem razoes, pois realmente acho que nao encontra-se mais sentido. Desiçoes muitas vezes erradas e a dor que toma conta de mim e extremamente insuperavel , e o que fazer? Se eu me deixei cair em um buraco sem fim, tao profundo que jamais poderei sair, um passaro voando sem rumo .. buscando motivos para continuar .. ou talvez a escuridao . Isso é o fim eu ja nao tenho forças . Me entrego ao abismo !