domingo, 27 de junho de 2010

Estou só! Sozinha e caindo em minha solidão, é assim que me sinto
- como numa montanha coberta de neve e isolada do mundo.
Minha alma jaz a dormir, deseja flutuar na ilusão dos meus sonhos, aqueles sonhos, doces ilusões onde encontro-te ainda somente amando-me, com apenas um pedido: o de não acordar!
No silêncio eu choro, um silêncio tão gritante quanto a escura linha da meia-noite, eu me perco dentro de meus medos, eu me afundo cada vez mais neste buraco imenso e amedrontador que são os segredos de minha alma.
Minha dor é tão profunda quase consigo sentir o gosto do pó de meu rosto no chão, em lágrimas misturo-me a dança envolvente da minha melancolia.

Me viro contando meus dias, na fútil esperança de que eles passem adiante e que talvez na ténue cor da próxima manhã eu veja uma concreta razão para poder sorrir...
Pensando em o quanto eu fui feliz, em o quanto era completa, posso sem dúvidas dizer que fui a mulher mais feliz do mundo, pensando neste passado eu decaio e choro lentamente as lágrimas de minha angústia.

A minha vida não poderá jamais ser a mesma, não há dúvidas de que a marca que deixaste em mim fostes eterna.
Nem o tempo pode apagar-te de meu corpo e coração.
Contando lágrimas intermináveis no qual eu choro por você eu tento nesse vazio absurdo encontrar soluções para meu desespero, procuro uma luz para que consiga continuar seguindo acreditando que ainda posso o ver em alguma esquina de nossas vidas.
Ver teu rosto, ainda tocar tua pele, é só mais um desejo do meu coração, e se eu tivesse somente um pedido para fazer nesta vida, tu estaria nele, porque o que é minha vida sem ti? Ela segue sendo um nada, vazio, oco e sem forma.

Eu não tenho mais notícias tuas, eu não sei o que tu andas fazendo, nem o que sentes, sinto medo dessa distância longa entre nós, me excluíste de teu mundo, e até agora não entendo.
Eu queria falar contigo, queria ainda ouvir tua voz, mas é vaidade, foi e já não existe mais, e quem sabe siga somente sendo mais uma nostalgia para a vida toda.

Eu sonhei esperançosamente durante tempos por uma vida que talvez agora não pertença mais a mim. Eu lutei durante meses por algo que agora parece não ter valor algum. Eu não ganhei nada no final disso tudo - se é que este é realmente o final - só desgosto, aflição e dor! Eu tenho certeza que por tanto te amar eu não merecia isso.

Acima vejo as estrelas iluminadas pela lua e peço a Deus que me dê forças para continuar, mesmo ferida lutar para vencer - estas dores, esse desprezo.
Torturada pela realidade, tão cruel quanto a morte, eu me lamento, um grito magro e infinito que eu não sei como conter.
Eu sinto muito a falta daquele a qual meu coração um dia saltou de euforia e amor, eu sinto muita saudade, e toda essa perda deixou cicatrizes - profundas e incuráveis.

Em um mundo sem sentimentos eu vejo meus sonhos todos mortos, todos aos pés da injusta vida.
Ninguém ao meu lado, e eu nem sei para onde me mover, eu sei somente que devo sair do escuro, mesmo ele estando dentro de mim mesma.
Eu sei onde eu estou mas eu não sei, juro que não sei o que fazer.
Eu só peço, peço, peço para que tudo tenha um fim, talvez bom, talvez ruim... mas que tenha um fim porque eu já não suporto essa situação.

Abraçando o silêncio em minha solidão eu tento procurar neste afago frio uma protecção, pois os braços que me faziam sentir segurança já não estão em meu corpo.
Tento não ter medo desse abismo, mas é quase que impossível, eu já não consigo evitar que as pessoas percebam em meus olhos vermelhos da noite que eu passei chorando.
Mas embora doa como dói, é só uma aguda dor que dói no peito. [e que aos poucos me mata]

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