domingo, 8 de agosto de 2010

... Eu escrevo para vs

Eu me sinto completamente boba sentindo falta de alguém que nem conheço. Mas infelizmente é isso que venho sentindo ultimamente: falta de você, do nosso futuro planejado, do que éramos antes dos problemas.
Não posso ser hipócrita a ponto de te fazer achar que eu não ligo pra essa distância, porém o meu orgulho é muito maior e não me deixa revelar que estou magoada. Magoada por você se quer ter me dado a chance de explicar que entendestes tudo errado! A tristeza que eu senti ao notar que estavas jogando tudo para o alto, como quem joga serpentina no carnaval, não me deixou dizer nem te impedir de ir.
Faz tanto tempo que não tenho notícias suas. Já nem me alegro ao ver o carteiro dobrar a esquina, ele já não para mais aqui. A falta que você faz me consome aos poucos, e a vontade que eu sinto é de gritar. Quem sabe você me ouça e resolva dar um sinal de vida; só pra que eu saiba como está: se com saúde, se mais magro, se conseguiu aquele estágio que esperava resposta.
Talvez até seja melhor essa completa dúvida à seu respeito, tenho medo do que chegaria de informação sua. Eu sei que não suportaria descobrir que trocou o meu endereço por outro qualquer e que suas palavras, agora, são de outra.
Por falar em palavras, são elas que me confortam nas noites em que não consigo dormir. Deitada, abro os envelopes coloridos - cuidadosamente guardados em sequência - e te leio. Passo meus dedos por sobre suas letras tentando imaginar você rabiscando naquele papel. Fecho os olhos e tento sentir o seu perfume, em vão, já evaporou. Minha droga mais entorpecente acabou! Seu perfume ja não existe aqui. Que pena, que tristeza, quanta saudade!
Peço silenciosamente que Deus ilumine o seu caminho, e torço profundamente que ele cruze o meu novamente. Não menti quando disse que o amo e, muito menos, quando revelei minha intenção de viver essa vida contigo. É você, não adianta o quanto eu lute contra isso, é você.


Sempre sua.

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